O MASP – Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand anuncia a exposição A Ecologia de Monet, que apresenta uma leitura contemporânea da relação de Claude Monet (1840–1926) com a natureza, as transformações ambientais, a modernização da paisagem e as tensões entre ser humano e meio ambiente. A mostra reúne 32 pinturas do impressionista francês — a maioria inédita no hemisfério sul — que abrangem grande parte de sua carreira, das décadas de 1870 a 1920, revelando diferentes momentos de sua conexão com a paisagem e o meio ambiente.
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Claude Monet, Ponte de Waterloo, 1903, McMaster University, McMaster Museum of Art, doação Herman H. Levy, 1984, Hamilton, Canadá. Foto: Robert McNair |
Em cartaz de 16 de maio a 24 de agosto de 2025, a exposição conta com curadoria de Adriano Pedrosa, diretor artístico do MASP, e Fernando Oliva, curador do MASP, com assistência de Isabela Ferreira Loures, assistente curatorial. A mostra é organizada em cinco núcleos temáticos: Os barcos de Monet, O Sena como Ecossistema, Neblina e Fumaça, O Pintor como Caçador e Giverny: Natureza Controlada.
Segundo Oliva:
“É inegável que o artista teve um olhar atento para as transformações ambientais de seu tempo, documentando desde a industrialização crescente até fenômenos naturais como enchentes e degelos. No entanto, a relação de Monet com a ecologia da época era diferente das dimensões atuais do termo, tanto no campo das ciências do clima como no da história da arte. Ainda assim, é possível traçar leituras contemporâneas sobre sua obra, especialmente considerando a força e o impacto que ela segue exercendo na sociedade.”
No núcleo O Sena como Ecossistema, a água surge como elemento central na produção de Monet, que cresceu em Le Havre, no norte da França, onde o rio Sena deságua no Atlântico. Ao longo da vida, percorreu grande parte dos 776 km do rio e seus afluentes, desenvolvendo uma relação profunda com as paisagens fluviais. Um painel expográfico curvo na mostra simboliza esse percurso.
Já em Os barcos de Monet, o artista apresenta o afluente do Sena em composições imersivas. As barcas são retratadas de pontos elevados, eliminando a linha do horizonte. Pinceladas onduladas em tons de vermelho, amarelo e verde intenso enfatizam a correnteza do rio.
O núcleo Neblina e Fumaça explora as transformações urbanas e industriais do século XIX, com destaque para a energia a vapor, a expansão das fábricas e o uso do carvão. As pontes de Waterloo e Charing Cross, em Londres, são retratadas com cores e pinceladas que conferem espessura à neblina e evidenciam o ar carregado pela fumaça industrial.
Em O Pintor como Caçador, a mostra destaca o hábito de Monet de caminhar longas distâncias em busca de boas “impressões” para pintar. A partir dos anos 1880, o artista passou a se aventurar por trilhas, buscando ângulos originais. Esse núcleo também apresenta obras produzidas em viagens pela costa francesa — Normandia, Bretanha e Mediterrâneo — e por países como a Holanda.
O último núcleo, Giverny: Natureza Controlada, apresenta obras como A ponte japonesa (1918–1926) e A ponte japonesa sobre a lagoa das ninfeias em Giverny (1920–1924), criadas nos jardins de sua residência, onde Monet viveu por mais de 40 anos. Essas obras revelam não só a paixão do pintor por seus jardins, mas também um desejo de controlar e moldar a natureza.
Fernando Oliva conclui:
“A exposição reflete uma relação complexa do pintor com a paisagem natural e o meio ambiente. Em suas pinturas, coexistem um elogio ao meio ambiente e uma tentativa de organizá-lo, de contê-lo.”
SOBRE O ARTISTA
Claude Monet (1840–1926) foi um dos fundadores do movimento impressionista e revolucionou a história da arte com sua abordagem inovadora da luz e da cor. Nascido em Paris e criado na Normandia, desde cedo demonstrou sensibilidade às transformações da natureza. Seu quadro Impressão, Nascer do Sol (1872) deu nome ao movimento impressionista. Ao longo da carreira, Monet buscou capturar os efeitos transitórios da luz sobre a paisagem, pintando os mesmos motivos sob diferentes condições atmosféricas.
ACESSIBILIDADE
Todas as exposições temporárias do MASP contam com recursos de acessibilidade. A entrada é gratuita para pessoas com deficiência e um acompanhante. São oferecidas visitas em Libras, visitas descritivas, textos e legendas em fonte ampliada, além de produções audiovisuais em linguagem fácil, com narração, legendagem e interpretação em Libras. Os conteúdos estão disponíveis no site e no canal do YouTube do museu.
CATÁLOGO
Será lançado um catálogo bilíngue (português/inglês) com imagens e ensaios inéditos sobre a relação de Monet com a ecologia. A publicação tem organização editorial de Adriano Pedrosa e Fernando Oliva, assistência de Isabela Ferreira Loures, e textos de especialistas como Ana Gonçalves Magalhães, Caroline Shields, Géraldine Lefebvre, Maria Grazia Messina, Marianne Mathieu, Michael J. Call, Nicholas Mirzoeff e Stephen F. Eisenman.
LOJA MASP
A Loja MASP apresenta uma coleção exclusiva inspirada em Claude Monet, com itens como lenços de seda, velas aromáticas, aromatizadores, bolsas, ímãs, postais, camisetas, cadernos e blocos de anotação.
REALIZAÇÃO
A Ecologia de Monet é realizada por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura e conta com patrocínio exclusivo do Nubank.
SERVIÇO
Ecologia de Monet
MASP – Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand
16 de maio a 24 de agosto de 2025
Avenida Paulista, 1578 – Bela Vista, São Paulo – SP, 01310-200
(11) 3149-5959
Ingressos: R\$ 75 (inteira) | R\$ 37 (meia-entrada)
Horários:
Terça (entrada gratuita): 10h às 20h (entrada até 19h)
Quarta a quinta: 10h às 18h (entrada até 17h)
Sexta: 10h às 21h (entrada gratuita das 18h às 20h30)
Sábado e domingo: 10h às 18h (entrada até 17h)
Fechado às segundas-feiras
Agendamento obrigatório: [masp.org.br/ingressos](https://masp.org.br/ingressos)
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Press release by MASP
Esse conteúdo faz parte do projeto Mona Cultural e conta com o apoio de Da20 Conteúdo Digital, CareUp, ZTX Lab, Cris Moraes PR e Lumière Beleza e Estética
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